Paraná avança na reparação ambiental após desastre no Rio Iguaçu 4m121c
O Governo do Paraná obteve autorização da Justiça Federal para executar 23 novos projetos de reparação ambiental, totalizando cerca de R$ 47,7 milhões, com recursos provenientes da indenização paga pela Petrobras pelo desastre ambiental ocorrido no Rio Iguaçu, em Araucária, em 2000. As propostas, elaboradas por associações comunitárias, universidades e prefeituras, têm como foco a proteção de recursos hídricos, recuperação de áreas degradadas e ações de preservação permanente, com e técnico e jurídico da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e do Instituto Água e Terra (IAT).
Entre as iniciativas destacam-se a revitalização do Horto Florestal Municipal do Guajuvira, em Araucária, com investimento de R$ 8,1 milhões, e a recuperação de áreas degradadas e nascentes no Norte Pioneiro, com aporte de R$ 4,2 milhões. Projetos acadêmicos também integram a lista, como o PortoBio, da UFPR, com quase R$ 4 milhões para monitoramento ecológico no Porto de Paranaguá, e um estudo da Unioeste para monitorar a contaminação ambiental na Bacia do Alto Iguaçu. Além disso, estão previstas obras de infraestrutura para a coleta seletiva em nove municípios, com padrão desenvolvido pelo Estado.
O processo de reparação ambiental é resultado de uma longa ação civil pública, motivada pelo vazamento de aproximadamente 4 milhões de litros de petróleo, que afetou cerca de 40 km do Rio Iguaçu e contaminou 140 hectares de solo, com sérios impactos à fauna e flora. Após mais de 20 anos, o acordo judicial firmado em 2021 estabeleceu a indenização, que supera R$ 1,2 bilhão. Desde então, cerca de R$ 500 milhões já foram destinados a projetos ambientais. A Petrobras também se comprometeu a adotar medidas preventivas para evitar novos desastres.